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Vinho: um guia completo sobre essa bebida!

Tudo o que você sempre quis saber sobre os vinhos, mas nem imaginava por onde procurar. Este guia da Jolimont chegou para esclarecer passo a passo a jornada do vinho até a sua taça. Vamos descobrir a origem, os tipos, a classificação e muito mais sobre essa bebida!

Spoiler: você sabia que, além dos tradicionais espumantes branco e rosé, existe o espumante tinto? Pois é… Então, leia até o final e aprenda de uma vez por todas o essencial para saber escolher e degustar seus rótulos favoritos!

Qual a origem do vinho?

Não existe um consenso exato sobre a origem do vinho, mas o que todo mundo concorda é que sua história é muito, muito antiga. Acredita-se que a bebida tenha surgido na pré-história, quando os humanos eram caçadores, já que as uvas cresciam naturalmente onde eles viviam.

Quando eram esmagadas e o suco era deixado em recipientes abertos, eles percebiam os efeitos agradáveis da fermentação. Esta descoberta pode ter levado as pessoas a repetirem o processo e a desenvolver técnicas para controlar e melhorar a produção. Com o passar dos anos, povos e culturas foram aprimorando o cultivo e a vinificação das uvas.

O vinho na história de países diversos

Alguns dos países mais antigos do mundo têm o vinho como personagem marcante em suas histórias.

No Antigo Egito, por exemplo, acreditava-se que o vinho tinha propriedades medicinais e era uma bela oferenda para os deuses, além dele desempenhar um papel importante em banquetes e celebrações. Os egípcios aprimoraram a arte de armazenar vinho em recipientes de barro selados, conhecidos como ânforas, e desenvolveram técnicas para fermentação, filtração e envelhecimento.

Já na Grécia Antiga, o vinho era considerado uma bebida essencial na cultura e na vida social. Os gregos atribuíam uma importância religiosa à bebida, com o deus do vinho, Dionísio, sendo uma figura central em suas crenças e festivais. Eles também expandiram o comércio, espalhando suas vinhas e técnicas por toda a região do Mediterrâneo.

Os Romanos também têm um papel significativo no que tange a história do vinho. Eles introduziram técnicas avançadas de cultivo e produção, como a utilização de barris de carvalho para armazenar e transportar a bebida, e cultivaram vinhedos em várias regiões da Europa.

Contudo, a Geórgia, país localizado na divisa da Europa com a Ásia, é considerado, por muitos especialistas, o berço do vinho. Registros de ácido tartárico, um resíduo natural do vinho, foram encontrados em ânforas típicas da região, comprovando que há pelo menos 8000 anos já se fazia vinho por lá.

Seja como for, o vinho é uma das bebidas mais antigas e amadas do mundo. Nesse ponto, ninguém pode discordar!

Como funciona a classificação dos vinhos?

Os vinhos podem ser classificados de diversas maneiras, como: variedade de uva, safra, método de produção, região produtora, estilo e teor alcoólico. Estas categorizações, usadas ao redor do mundo, facilitam a escolha dentre tantos rótulos disponíveis. Fica bem mais fácil identificar o que agrada o seu paladar a partir destas informações.

Vamos entender cada uma delas?

1. Classificação por tipo de vinho

De modo geral, existem 3 tipos de vinhos: os tranquilos, os espumantes e os fortificados:

  • Tranquilo é todo o vinho que não é efervescente, ou seja, que não possui gás carbônico em sua composição;
  • Espumantes possuem gás carbônico em função de uma segunda fermentação, que ocorre dentro da garrafa;
  • Fortificados são os vinhos que receberam adição de álcool extra (geralmente aguardente vínica), gerando um teor alcóolico que pode chegar até os 22%.

2. Classificação por estilo de vinho

O estilo dos vinhos, em tinto, branco, rosé e espumante, muitas vezes é confundido como sendo o tipo da bebida, que trouxemos logo no tópico acima. Mas a gente te ajuda a diferenciá-los de uma vez por todas, olhe só:

Vinhos tintos

Os vinhos tintos são elaborados com uvas tintas. Existem centenas de castas tintas e as mais clássicas são: Cabernet Sauvignon, Merlot, Malbec, Tannat e Pinot Noir. E aqui uma curiosidade: é possível incluir uvas brancas na produção de um vinho tinto e ele continuará tinto, em função do longo período em contato com as cascas que conferem sua cor.

As uvas tintas mais inusitadas também fazem muito sucesso. A Jolimont, por exemplo, cultiva a Egiodola e a Arinarnoa, duas cepas que geram vinhos deliciosos e super diferenciados, perfeito para quem gosta de ter o paladar surpreendido!

Inclusive, se você quiser se aprofundar mais nesse estilo de bebida, aproveite para conferir nosso guia completo do vinho tinto!

Vinhos brancos

Os vinhos brancos são elaborados com uvas brancas. Assim como as variedades tintas, existem centenas de castas brancas, mas as mais famosas são: Sauvignon Blanc, Riesling, Moscato e Chardonnay. Inclusive, a Chardonnay é uma das uvas brancas que adora maturar em barricas de carvalho, dando origem a rótulos frutados, cremosos, com toques de manteiga. Delícia, não é?!

Vinhos rosés

Os vinhos rosés são, geralmente, elaborados com uvas tintas. A diferença aqui está no método de produção: o mosto das uvas fica por pouco tempo em contato com as cascas, o que lhe confere a coloração rosada tão sedutora que costumamos ver por aí.

Os rosés podem ser mais claros ou mais escuros, a depender da intenção do produtor. Na Jolimont, por exemplo, o rótulo Pinot Noir L´orange é mais alaranjado, enquanto o Malbec Rosé apresenta um tom bem suave. Ah, e se quiser saber mais deles, é só visitar nossa loja pelo link aqui do blog!

Espumantes

Os espumantes podem levar uvas brancas e tintas na sua composição. Regularmente, para os brancos, usa-se a Chardonnay e para os rosés, a Pinot Noir. É possível mesclar as duas também, fazendo o que chamamos de corte, quando duas ou mais uvas são utilizadas.

Os espumantes se dividem ainda entre: Brut (mais seco), Moscatel (mais doce) e Demi-Sec (meio seco). Inclusive, o Moscatel da Jolimont é um dos mais premiados do Brasil!

Agora, vamos abrir um parêntese para uma singularidade: existem espumantes tintos! Algumas vinícolas, inclusive brasileiras, já ousaram elaborar versões tintas com as uvas Merlot, Pinot Noir e Sangiovese. Apesar de menos comuns, eles são incríveis e capazes de cair no gosto de qualquer paladar.

3. Classificação por Denominação de Origem (DO)

As Denominações de Origem (DO) são sistemas de certificação que garantem a qualidade, a tipicidade e a procedência do vinho. Cada país tem suas próprias regras para estabelecer uma DO.

Fatores naturais e humanos são levados em conta, como por exemplo: altitude da região, composição do solo, umidade do ar, variedade das uvas, ponto da colheita e método de vinificação.

Atualmente, no Brasil, existem duas Denominações de Origem: DO Vale dos Vinhedos e DO Altos de Pinto Bandeira (esta exclusivamente para espumantes).

Umas das regiões mais famosas do mundo vinho, Bordeaux, na França, possui mais de 60 Denominações de Origem. Lá, elas são chamadas de Appellation d’origine contrôlée (AOC) e se dividem entre a Margem Esquerda do Rio Garonne e a Margem Direita do Rio Dordogne. As mais célebres, são:

Margem Esquerda, onde predomina a Uva Cabernet Sauvignon

  • Médoc;
  • Saint-Estèphe;
  • Pauillac;
  • Saint-Julien;
  • Listrac-Médoc;
  • Moulis, Margaux;
  • Haut-Médoc;
  • Graves e Sauternais;
  • Pessac-Léognan;
  • Graves;
  • Graves Supérieures;
  • Cérons;
  • Barsac;
  • Sauternes.

Margem Direita, onde predomina a Uva Merlot

  • Blaye e Bourg;
  • Blaye;
  • Côtes de Blaye;
  • Blaye – Côtes de Bordeaux;
  • Côtes de Bourg;
  • Libournais;
  • Fronsac;
  • Canon Fronsac;
  • Lalande-de-Pomerol;
  • Pomerol;
  • Lussac Saint-Émilion;
  • Lontagne Saint-Émilion;
  • Saint-Georges-Saint-Émilion;
  • Puisseguin Saint-Émilion;
  • Saint-Émilion;
  • Saint-Émilion Grand Cru;
  • Francs Côtes de Bordeaux;
  • Côtes de Bordeaux;
  • Castillon Côtes de Bordeaux.

4. Classificação dos Vinhos por Safra

A safra do vinho se trata do ano em que a uva foi colhida. Cada safra é única, pois as condições climáticas tendem a variar de um ano para o outro — às vezes chove mais, pode ter mais ou menos sol e aí por diante. No Brasil, existem algumas safras históricas, que geraram grande volume e muita qualidade nas uvas, sendo elas: Safra 2005, Safra 2012, Safra 2018 e Safra 2020.

5. Classificação dos vinhos por Reservado, Reserva e Gran Reserva

Uma das informações mais fáceis de se identificar no rótulo de um vinho é sua classificação como Reservado, Reserva e Gran Reserva. Vamos conferir o que significa cada um deles:

Vinho Reservado

O vinho Reservado é um apelo comercial que os produtores podem ou não utilizar nos rótulos para designar um vinho jovem, sem passagem por barrica, que sai do tanque direto para garrafa e prateleiras. Costuma ter preço acessível.

Quanto às suas características, geralmente é leve, frutado e sem complexidade. Na maioria das vezes é varietal, ou seja, produzido com apenas uma variedade de uva. É bem comum no Brasil, onde a única ressalva é apresentar o mínimo de 10% de álcool.

Vinho Reserva

O Vinho Reserva possui regras que podem variar conforme o país ou região vinícola. No Brasil, para ser considerado Reserva, o vinho deve apresentar o mínimo de 11% de álcool e o mínimo de amadurecimento de 12 meses para tintos e de 6 meses para brancos. O uso da barrica é opcional.

Vinho Gran Reserva

Da mesma forma que o Reserva, o Gran Reserva vai apresentar diferentes especificações, conforme o país ou região. No Brasil, ele precisa conter o mínimo de 11% de álcool e o mínimo de 18 meses de amadurecimento para tintos, ou de 12 para brancos e rosados. Destes 18 meses, ao menos 6 precisam corresponder ao estágio em barricas de carvalho.

6. Classificação dos vinhos por método de produção

Você já se deparou com um rótulo que dizia “orgânico”, “biodinâmico” ou “natural”? Ficou na dúvida do significado? Vamos conferir agora como os métodos de produção refletem nos vinhos e o que quer dizer cada uma destas nomenclaturas cada vez mais recorrentes.

Vinho Orgânico

Em vias gerais, o vinho orgânico não utiliza em sua produção nenhum tipo de agrotóxico ou defensivo agrícola, como fertilizantes e pesticidas. Ao invés disso, os produtores optam por adubos orgânicos e práticas saudáveis, como plantar flores e plantas entre as videiras para estimular a diversidade e proteger o solo.

Vinho Biodinâmico

Os vinhos biodinâmicos são produzidos de acordo com os princípios da filosofia de Rudolf Steiner (1861 – 1925), que prega técnicas ancestrais na produção de alimentos e bebidas. Nesse caso, o vinhedo é visto como um sistema vivo, interconectado e interdependente.

Ah, e os vinhos biodinâmicos também são orgânicos. O que muda é que, além de não usar insumos químicos, a agricultura aproveita os elementos da natureza a seu favor, como ervas, minerais e chás para cuidar do solo. Outra diferença é que a passagem do tempo na agricultura biodinâmica é contada através dos ciclos lunares. Interessante, não é mesmo?!

Vinho Natural

Os vinhos naturais, por sua vez, são mais difíceis de classificar, tendo em vista que não há no Brasil uma regulamentação estabelecida para este tipo de agricultura. De um modo geral, são considerados naturais as bebidas que fazem fermentação de forma espontânea, sem adição de leveduras.

Nenhum insumo químico é adicionado para corrigir acidez ou taninos, de forma que o vinho natural também pode ser orgânico ou biodinâmico. A ideia aqui é extrair da fruta um líquido puro, com o mínimo de intervenção do enólogo.

7. Classificação dos vinhos por doçura

Vinho seco, demi-sec ou doce? Você sabe diferenciar os rótulos pelo nível de doçura? Esta categorização é feita a partir da quantidade açúcar residual das uvas por litro de vinho. No Brasil, o vinho seco deve ter até 4g de açúcar por litro, enquanto o meio seco deve ter de 4,1g até 25g de açúcar por litro. Se passar de 25g de açúcar por litro, o vinho será considerado doce.

Mais uma vez, cada país ou região tem sua própria legislação, por isso, um vinho considerado meio seco no Brasil, poderá ser considerado seco na França, por exemplo.

Ah, importante frisar: o vinho suave também é considerado doce. Porém, a diferença dele para os de sobremesa, como o famoso Sauternes, está nas uvas utilizadas em sua produção, que são as uvas de mesa, também chamadas de vitis labrusca.

8. Classificação por teor alcoólico

teor alcóolico dos vinhos no Brasil deve, por lei, constar no rótulo. Desta forma, você consegue facilmente identificar se está comprando uma bebida com mais ou menos álcool. Sua classificação funciona da seguinte forma:

  • Vinhos finos: devem ter de 8,6% a 14% em volume de álcool;
  • Vinhos nobres: devem ter entre 14,1% e 16% em volume de álcool;
  • Vinhos fortificados: têm entre 14% e 18% de álcool, conforme a legislação brasileira, mas alguns exemplares importados podem chegar a 22% de álcool.

Ainda de acordo com a legislação do Brasil, para ser considerado vinho, a bebida deve conter o mínimo de 7% de álcool.

Por que o vinho é tão importante?

O vinho, como vimos anteriormente, é uma das bebidas mais antigas do mundo, tendo registros, inclusive, na Bíblia. Na Europa, onde nasceu, é produzido e consumido ao longo dos séculos, enquanto no Brasil, seu cultivo é mais recente: data de 1532, logo após a chegada dos portugueses, responsáveis por iniciar o cultivo em terras brasileiras.

Essa bebida é sinônimo de alegria, abundância, fartura, sendo geralmente associada a celebrações, cultos religiosos e festas. Felizmente, seu status de glamour, que por vezes era uma objeção para o consumo, vem perdendo espaço e conquistando mais e mais consumidores que buscam degustar uma bela taça, sem precisar de uma grande desculpa para isso.

No Brasil, segundo pesquisa, já somos 44 milhões de bebedores de vinho. A quantidade per capita ainda é pouca em comparação com países como a Itália. Todavia, é um grande passo na democratização do vinho — afinal, mais taças cheias significam mais vinícolas abertas, mais empregos e uma economia sólida.

Qual a melhor forma de degustar o vinho?

A melhor forma de degustar um vinho é abri-lo! Esse é o primeiro passo. Não espere um evento especial. Não espere a comida perfeita para acompanhar. Não espere a companhia ideal!

Sim, fazer um almoço ou jantar harmonizado é uma delícia. Beber com amigos também. Mas isso não pode ser um impedimento para você se permitir beber com prazer e moderação, é claro.

Gostou deste artigo? Então aproveite sua visita ao nosso blog e confira também nosso post sobre harmonização dos vinhos, com dicas que vão te transformar em um verdadeiro expert na hora de aprecisar sua bebida.

Tim tim e até a próxima taça!

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