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Vinho tinto: um guia completo da Vitivinícola Jolimont!

Tudo o que você sempre quis saber sobre vinho tinto, mas nunca teve a chance de perguntar, está neste guia completo. Aqui vamos abordar tudo sobre essa bebida, desde o que é, tipos de uvas utilizadas para fazê-la e características de seus respectivos vinhos, e, claro, como é o processo de fazê-los.

Para você ter uma ideia, os primeiros registros da história do vinho tinto datam de 6.000 a.C. na Geórgia, país localizado na divisa da Europa com a Ásia. Os antigos produtores descobriram que se deixassem o suco da uva fermentar em contato com as cascas, se geraria uma bebida de coloração mais profunda e sabor mais complexo.

De lá para cá, inúmeras técnicas e processos de vinificação foram descobertos e aprimorados, resultando nos vinhos que conhecemos hoje. Vamos explorar tudo sobre esse mundo aromático e cheio de surpresas?

O que é o vinho tinto?

O vinho tinto é uma bebida alcoólica produzida da uva-tinta. Após a colheita, as frutas são prensadas para obtenção do mosto, mais tarde fermentado para gerar o álcool.

Segundo a legislação brasileira, para ser considerado vinho, a bebida precisa apresentar um teor alcoólico mínimo de 7%, mas cada país tem suas próprias regras e leis sobre o tema, o que não interfere na qualidade do produto.

Como comentamos logo no começo, essa bebida é tão antiga quanto a civilização. Não há uma certeza sobre quem a criou, cada povo reza uma lenda — os cristãos, por exemplo, diziam que Noé teria sido o seu inventor, enquanto os gregos, acreditavam que foi o Deus Dionísio o responsável pelas técnicas de vinificação.

Seja como for, em um ponto todos concordam: vinho tinto é sinônimo de prosperidade, abundância e alegria!

Como é feito o vinho tinto?

Da terra até chegar na nossa taça, o vinho tinto passa por um longo processo de produção. Confira as principais etapas da sua elaboração:

Colheita, recepção e análise da uva

A colheita é feita de forma manual, nas primeiras horas da manhã de um dia seco. Ao chegar na vinícola, as uvas são pesadas e seu grau de açúcar é medido.

Desengace e esmagamento

Nessa etapa, a desengaçadora separa o engaço e esmaga as uvas, sem triturar as cascas e sementes. Assim o mosto é liberado para, mais para frente, passar pelo processo da geração do álcool.

Adição de leveduras

As leveduras são os microrganismos que transformam o açúcar contido no mosto da uva em álcool etílico e compostos secundários. Nem todas as leveduras são iguais e, dependendo do tipo escolhido pelo enólogo, o vinho tinto pode ter acidez, aromas e sabores diferenciados. Por isso, essa etapa é essencial para garantir a qualidade do produto.

Maceração

Durante a maceração, as uvas são colocadas em tanques de aço inoxidável onde liberam pigmentos, açúcares, ácidos e taninos. Esse processo é lento e costuma demorar dias, já que todas as características do vinho são liberadas pelas partes sólidas da uva diretamente no mosto.

Fermentação alcoólica

Nesta etapa as leveduras “trabalham” em transformar o açúcar do vinho em álcool, elevando a temperatura, que deve ser controlada, e liberando gás carbônico. A importância desse momento vai muito além de garantir o teor alcoólico do produto, já que aqui também conseguimos trazer mais sabor, aroma e até mesmo aparência a ele.

Maturação em barricas de carvalho

Durante a maturação, escolhemos o carvalho que permite a penetração lenta e contínua do oxigênio. Isso contribui para a estabilidade da cor, a diminuição da adstringência e o aumento da complexidade aromática e gustativa devido à liberação de compostos ao vinho.

Envelhecimento na garrafa

Na garrafa, assim como na barrica de carvalho, o vinho desenvolve aromas terciários, formando o buquê aromático do vinho. O tempo de envelhecimento em garrafa é determinado pelo potencial de guarda de cada vinho, variando de alguns meses a vários anos.

Quais os tipos de uvas para o vinho tinto?

Existem centenas de uvas para a produção de vinhos tintos, sendo algumas castas bem conhecidas, enquanto outras nem tanto.

Cada uma imprime características diferentes nos vinhos — os elaborados com a Cabernet Sauvignon, por exemplo, costumam ser encorpados, com muito tanino e acidez. Já os produzidos com a Pinot Noir tendem a ser mais leves, pois se trata de uma cepa delicada e elegante.

Selecionamos alguns tipos de uvas para vinho tinto, incluindo famosas e inusitadas, para explicar como elas refletem na sua taça, veja só:

Cabernet Sauvignon

A chamada “rainha das uvas tintas” não leva esse nome em vão, já que a Cabernet Sauvignon é uma das castas mais cultivadas no mundo. De origem francesa, se adaptou bem em diversas regiões vinícolas e resulta em um dos vinhos mais tradicionais do mercado.

Produz vinhos tintos de cor profunda, encorpados e de taninos marcantes. Em taça, os aromas lembram frutas como groselha e cereja, além de notas herbáceas e pimentão — sim! O aroma de pimentão é bem típico da Cabernet Sauvignon, mas esse é um assunto para outro artigo!

Merlot

O vinho tinto elaborado a partir da uva Merlot é geralmente bem frutado e de textura macia. De origem francesa e amplamente cultivada ao redor do mundo, a Merlot apresenta corpo, tanino e acidez equilibradas. Os aromas dominantes entregam frutas vermelhas e negras, como cereja, groselha e ameixa, além de um toque lácteo que lembra chocolate.

Pinot Noir

Considerada a uva mais elegante de todas, a Pinot Noir ostenta este título por conta da sua pele fina e delicada, que acaba por expressar com maestria o seu terroir de cultivo, gerando vinhos autênticos e complexos.

Nascida na França, é uma das castas mais antigas de que se tem notícia e alguns dos rótulos mais famosos do mundo são elaborados com ela, como o Romanée-Conti. Geralmente, os vinhos de Pinot Noir são mais claros, têm corpo mais leve e taninos suaves. Nos aromas, destaque para as frutas vermelhas frescas e especiarias.

Malbec

Umas das uvas mais adoradas pelos brasileiros, a Malbec é de origem francesa, mas encontrou na Argentina sua vocação para a produção de vinhos tintos cheios de expressividade.

No Brasil, a casta se destaca com rótulos vibrantes, frutados e encorpados, com taninos médios e acidez moderada. Os aromas são bem pronunciados, lembrando frutas negras maduras, especiarias e nuances florais de violeta.

Tannat

Consagrada por seus taninos acentuados, a uva Tannat é mais uma das castas francesas que ganhou o mundo, especialmente o Uruguai, onde se destaca. No Brasil, ela não fica para trás, com uma produção de dar inveja na região da Campanha Gaúcha, fronteira com o país uruguaio.

Sua casca é bastante grossa, carecendo de uma quantidade moderada de sol para amadurecer bem. De modo geral, o vinho tinto de Tannat apresenta coloração púrpura profunda, aromas de frutas negras e especiarias, acidez marcada e teor alcoólico mais elevado.

Egiodola

Esta uva nasceu na França, mas a palavra Egiodola é de origem basca e significa “Sangue de Verdade”. Sua bela coloração rubi é um convite para apreciar seus aromas de frutas negras, como ameixa, amora e cassis, com toques defumados, de couro e especiarias doces.

No Brasil, poucas vinícolas trabalham com a casta, considerada inusitada. É frequentemente utilizada em vinhos tintos de corte, onde empresta sua cor escura profunda e taninos acentuados para criar bebidas cheias de personalidade.

Marselan

Cor intensa, taninos presentes e macios, e ótimo potencial para envelhecer são algumas características da Marselan na taça. A Uva de origem francesa vem conquistando cada vez mais os brasileiros, com seus aromas de frutas maduras, negras e vermelhas, e especiarias, com notas de caramelo e final mentolado.

Ah, inclusive, recentemente, a Jolimont ampliou seu portfólio da casta com o vinho Reserva Marselan, vinho tinto frutado e fresco, perfeito para o dia a dia!

Arinarnoa

E fechando nossa seleção de tipos de uva para vinho tinto, chegamos na Arinarnoa. Originalmente da França, a casta é considerada inusitada, com poucas vinícolas apostando no seu cultivo no Brasil.

Apresenta aromas de frutas negras e frutas em calda como ameixa, amora e licor de cassis, toque de couro, carvalho, ervas finas, tabaco e café. No paladar é estruturada, untuosa, com acidez equilibrada e taninos persistentes.

Como escolher um bom vinho tinto?

O mais importante na hora de escolher um vinho tinto, é saber do que você gosta. Prefere vinhos mais leves ou mais encorpados? Mais tânicos ou mais suaves? Com passagem por barrica de carvalho ou sem barrica?

Uma dica importante é prestar atenção toda a vez que você degustar um vinho, pois, assim, você vai identificando o seu gosto pessoal. Além disso, procure conhecer sobre as uvas e suas características, as regiões produtoras do Brasil e do mundo.

Ler o rótulo e contrarrótulo da garrafa também pode ajudar, já que, geralmente, as principais informações sobre uva, safra, estilo do vinho e sugestão de harmonização dos vinhos estão lá!

Qual a taça certa para tomar vinho tinto?

Não existe uma regra absoluta na hora de beber o seu vinho. O que existem são maneiras de melhorar a sua experiência por meio de um acessório como uma taça de vinho tinto ideal, por exemplo.

Neste caso, o modelo mais indicado são as taças com bojo largo, comumente chamadas de taça Bordeaux ou Borgonha. Elas permitem que o vinho “respire”, liberando assim os aromas e tornando a degustação ainda mais aprazível.

A essa altura já deu vontade de abrir um vinho tinto?

Agora que você já conhece os tipos de uvas tintas mais comuns e mais inusitadas, aproveite para escolher um belo vinho e descobrir novos sabores. Clique aqui para acessar a Loja Online da Jolimont e conferir todos os nossos vinhos tintos.

Tim-tim e até a próxima taça!

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