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Dionísio, o deus grego do vinho: conheça sua história! 

É bem provável que no tempo de escola, durante suas aulas de história, você tenha estudado sobre a Grécia Antiga e toda sua mitologia, com deuses famosos como Zeus, Apolo, Poseidon, Atena e Afrodite. Entre eles, havia um importante para o mundo do vinho: Dionísio.

Continue com a gente e entenda a sua história de origem, assim como o que o tornou um símbolo de celebração!

Quem é Dionísio na mitologia grega?

Dionísio é considerado o deus do vinho, das festas, do teatro e da alegria na mitologia grega. Há muitas versões para seu nascimento e a mais aceita conta que Dionísio foi fruto de uma relação extraconjugal do deus Zeus, que se disfarçava de mortal, com uma princesa chamada Sêmele.  

Os casos de Zeus fora de seu casamento incomodavam sua esposa Hera, que tentava se vingar de todas aquelas que se envolviam com o seu marido. Portanto, Hera fingiu-se amiga de Sêmele e a convenceu de pedir a Zeus que mostrasse sua verdadeira forma.  Sêmele não sabia que se relacionava com um deus e, ingênua, acatou o pedido de Hera. 

Quando revelou sua verdadeira forma, a luz intensa de Zeus incendiou Sêmele, que estava grávida. Zeus então resgatou seu filho, que ainda era gestado no útero da princesa, e o colocou dentro de sua coxa para que ele pudesse nascer com saúde.  

Dionísio cresceu acompanhado de ninfas e sátiros, seres que possuíam o corpo parte humano e parte na forma de bode. Foi o último deus aceito no Olimpo e o único olimpiano filho de uma mortal, o que faz dele uma divindade grega diferente de todas as outras. 

Com o tempo, surgiram também as Ménades, mulheres seguidoras de Dionísio que ficavam enlouquecidas pelo consumo de vinho e viviam em um permanente estado de frenesi.

Dionísio X Baco: existe alguma diferença?

Dionísio e Baco significam a mesma coisa: ambos são deuses do vinho. A diferença está na origem mitológica: Dionísio é representado pela mitologia grega, enquanto Baco é da mitologia romana. Embora tenham muitas semelhanças, os romanos relacionam Baco mais estritamente com a alegria, a celebração e a gratidão pela bênção das colheitas.

Como Dionísio se tornou o deus do vinho?

Como vimos, Dionísio foi criado por ninfas, pois seu pai Zeus queria protegê-lo das garras ciumentas de sua esposa Hera. Ele cresceu em uma caverna coberta por videiras.  

Reza a lenda que Dionísio se encantou com os frutos da videira e passou a colher e guardar para poder saborear quando tivesse vontade. Em um desses momentos em que as uvas estavam armazenadas, elas fermentaram naturalmente, dando origem a uma bebida deliciosa e contagiante: o vinho!

Você também pode se interessar pelo nosso post — Vinho tinto: um guia completo da Vitivinícola Jolimont!

O mito de Dionisio

A descoberta de Dionísio de que as uvas fermentavam e se transformavam em vinho, explica o surgimento do vinho e a conexão do deus com o cultivo da uva e a fabricação da bebida. Coube a Dionísio aprimorar e ensinar as técnicas de sua descoberta, desde o cultivo das videiras à produção de vinho.

O deus peregrinou por vários países com uma procissão de sátiros e ménades ensinando a arte da viticultura e vinicultura, espalhando o conhecimento sobre o vinho e apresentando a bebida para quem não conhecia. Os povos promoviam festas em sua homenagem, chamadas de dionisíacas.

Essas celebrações eram regadas a vinho, que era visto como uma dádiva capaz de trazer alegria e libertação das preocupações cotidianas para aqueles que a consumiam. O vinho também servia como instrumento de comunicação com os deuses e com os antepassados.

A pedra de Dionísio

Além do vinho, Dionísio está relacionado com pedras preciosas. Você conhece a ametista? Roxa, brilhante e muito valorizada, a pedra ametista, segundo a mitologia grega, foi criada pelo deus Dionísio.  

Acredita-se que Dionísio, apaixonado por uma jovem sem ser correspondido, resolve matá-la. No entanto, para salvá-la, a deusa Atena a transforma em um quartzo branco, despertando o remorso em Dionísio.

Vertendo em lágrimas de arrependimento, o deus derruba sua taça de vinho sobre o quartzo, tornando-o roxo. Assim nasce a pedra ametista! E olha que interessante: uma das maiores concentrações no mundo desta gema se encontram no Rio Grande do Sul, mais precisamente na cidade de Ametista do Sul. Legal, né?

Dionísio e sua representação na arte

Muitos artistas cultuaram o deus Dionísio ou Baco através de quadros e outras expressões.  Uma das pinturas mais célebres pertence ao italiano Michelangelo Merisi, também conhecido como Caravaggio. Intitulada O Baco de Caravaggio, sua obra-prima barroca retrata o deus do vinho reclinado em uma cama de uvas, segurando uma taça de vinho.  

De forma geral, as pinturas e esculturas revelam Dionísio como um rapaz bonito, de cabelos longos. Também aparece com rosto alegre, sempre em meio às videiras, uvas e taças de vinho. 

Outro exemplo clássico, é a pintura O triunfo Baco, do artista Diego Velázquez. Nela, o deus grego do vinho aparece rodeado de camponeses sorridentes. A tela foi pintada em Madrid e tem o intuito de apresentar uma fusão entre as divindades gregas e o mundano.

Por que Dionísio é lembrado até hoje?

Os gregos e toda sua mitologia, permanecem até os dias atuais como grandes referências para compreender conceitos, ideias, filosofias e métodos de psicologia. Nesse contexto, o deus Dionísio simboliza a história do vinho pelo viés da Grécia Antiga, mostrando a importância da bebida como um elo social, de festividade e de felicidade.

Seja nas pinturas, nas esculturas, nos livros ou em artigos na internet como este, o deus Dionísio continua vivo e guardião do vinho que tanto amamos. Continue em nosso blog para descobrir outras curiosidades e aprender mais sobre o mundo dos vinhos. Por aqui, você aprende a harmonizar e a diferenciar as saborosas safras de uva!

Até a próxima taça!

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